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Iúna está em crise e empresas fecham as portas

23/09/2010 - Atualizado em 23/09/2010 07h05
Faculdade Porto Seguro fechou no ano passado

Depois do fechamento de inúmeras empresas tradicionais no município, deixando centenas de famílias desempregadas, os vereadores passaram a lamentar os problemas em seus discursos, culpando em parte ao poder público, que não busca alternativas para tentar amenizar o que poderá se tronar um caos no município.

A cidade completara 120 anos no mês que vem e os vereadores argumentam que na há pouco que comemorar. O vereador Edson Márcio disse que o problema está na falta de incentivo do município, através de iniciativas simples, sendo uma delas buscar mão de obra local. “As licitações quem ganha são empresas de fora, que deixam de dar emprego aos nossos munícipes, que precisam de trabalhar, para honrar seus compromissos e tratar de suas famílias. Se o cidadão não tem emprego, o comércio não vende, se vende não recebe, assim está nossa cidade, por isso estão fechando as portas, reclama Edson Márcio.

O Presidente da Casa, Jonildo de Castro Muzi citou alguns exemplos, que segundo ele, deixa claro a falta de interesse do prefeito em apoiar as empresas locais. “Temos um exemplo claro no Parque Industrial, um empresário me procurou alegando que já somam mais de vinte visitas de mecânicos para manutenção em suas máquinas, devido a queda de energia.

Segundo ele, o empresário reclamou junto a companhia energética, mas a mesma disse que melhorarias no sistema somente se a empresa comprasse um transformador, o empresário que dá emprego a mais de 60 pessoas diz não ter condições de arcar com o serviço, que soma mais de 20 mil reais. Procurou o presidente da Câmara, Jonildo Muzi, que propôs ao empresário, procurar a prefeitura para melhorar a rede elétrica no Parque Industrial, que além de melhorar para a empresa citada também beneficiará outras dezenas de empresas. “Porem nada foi feito, por falta de dinheiro não é, pois falei que a Câmara está com quase quinhentos mil no banco e se fosse preciso  nós devolveriam os recursos necessários para que o município executasse as melhorias na rede elétrica que irá beneficiar a empresa que esta pensando em deixar o município, devido a proposta de outro município que está oferecendo incentivos fiscais, o problema é que o prefeito não quer fazer sua parte, afirma Jonildo.

Na mesma sessão a Câmara aprovou o Projeto de Resolução que irá devolver 350 mil reais para a prefeitura executar uma obra de construção de praça, mas o presidente disse que os recursos só serão depositados na conta do município após o início da obra.

Casa do Açúcar foi outra empresa que fechou as portas em Iúna

A Vereadora Penha Barros fez um desabafo emocionante diante de tantos questionamentos dos colegas quanto a crise em que passa o município, pois ela é uma das pessoas que fecharam empresas nos últimos 12 meses. Penha Barros lamentou não ter tido apoio como vem sendo levantado nas reuniões pelos colegas vereadores nos últimos meses. A Faculdade Porto Seguro fechou as portas em julho de 2009, deixando de empregar mais 30 pessoas. “Ninguém se móvel em nada para saber por que estávamos fechando as portas. Além dos empregos gerado pela faculdade, nos beneficiávamos dezenas de alunos com bolsas de estudos, dando oportunidade e enriquecendo a formação acadêmica de nosso população. Mas o que o poder público fez no passado foi patrocinar uma concorrência desleal dificultando a permanência da Porto Seguro em Iúna, Iúna ficou mais pobre sem a Porto Seguro, um papel feio com os filhos de Iúna, professores e o crescimento da cidade em sua formação acadêmica, lamentou Penha Barros.

As principais empresas que fecharam as portas foram: Faculdade Porto Seguro, estimam que mais de 30 empregos foram perdidos; Casa do Açúcar, mais de 150 funcionários diretos e indiretos, além de Lacerda Confecção; Jordem Esportes; Confecção Possat, dentre tantas outras que somadas deixam de gerar centenas de empregos no município.

Antônio José - portalcaparao@gmail.com

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