As chuvas desta semana estão assustando moradores do distrito de Pequiá, comunidade pertencente a Iúna (ES), que fica no limite da divisa com Minas Gerais. Três casas estão ameaçadas na margem capixaba do Rio José Pedro, enquanto mais seis famílias estão assustadas com o deslizamento de um barranco na rua Jorge Campos que pode atingir moradias da rua Cantídio Roberto Martins. As casas foram condenadas pela Defesa Civil, que pediu a saída imediata dos moradores.
O presidente da Associação de Desenvolvimento Comunitário de Pequiá (ES), José Severino Nascimento, conhecido Zequinha, diz que a base da preocupação é com as vidas dos moradores da pacata comunidade. Um trecho de 150 metros está desmoronando na margem do rio e avançando em direção às casas. “As três moradias foram construídas por cima de um aterro e agora estão ameaçadas. As famílias correm um sério risco de que tudo isso seja levado de repente pelas águas”, afirmou.
Ele contou que já levou o problema ao conhecimento do prefeito de Iúna José Ramos, há mais de um ano. Já foram retiradas duas famílias durante o período das chuvas do ano passado, mas elas voltaram pois não tiveram apoio.
O dirigente comunitário diz que uma solução seria uma proteção com pedras na margem do rio. Isso evitaria que a terra fosse retirada pela correnteza. “O prefeito me explicou que isso demanda tempo e a Administração não pode mexer por causa das questões ambientais. Por enquanto, precisava retirar as famílias, colocar em casas de aluguel e viabilizar a construção de casas populares para isolar esse local definitivamente”, afirmou.
DESLIZAMENTO DE TERRA
Enquanto alguns observam o rio, na rua Jorge Campos, a preocupação é com o barranco. Desde a chuva do final de semana, o risco de desabamento é iminente. O problema começou no ano passado, mas agora houve novos deslizamentos. “Pessoas da Defesa Civil vieram, cadastraram famílias e ficaram de ver uma solução. Orientaram algumas famílias de quatro casas em cima do barranco e duas que moram abaixo que devem sair”, afirmou.
Zequinha diz que o risco é enorme e pede providências da prefeitura de Iúna. “Só Deus pode olhar por nós. Do jeito que há uma demora na solução e as chuvas constantes dos últimos dias, temos medo de acontecer uma tragédia a qualquer momento. Estamos pedindo ao prefeito José Ramos que tome providências mais rápidas, isole os locais e retire os moradores”, diz o presidente em tom de apelo.
Antônio José - portalcaparao@gmail.com