Débora acompanhou a leitura da sentença cabisbaixa e foi condenada a 11 anos |
Depois de permanecer oito meses presa no presídio de Manhuaçu, a doméstica Débora Martins de Oliveira Morais, 33, foi levada a julgamento na sexta-feira,dia 26, acusada de homicídio qualificado.
O crime aconteceu no dia 28 de março deste ano, na Rua José Tertoliano Hott, bairro Lajinha, onde a vítima e acusada residiam. O pedreiro Geraldo Santiago Dutra,49, teve 60% do corpo queimado com ferimentos de segundo grau. A vítima permaneceu internada durante uma semana em Belo Horizonte, onde faleceu.
A doméstica foi apontada pela própria vítima no dia do fato, como sendo a pessoa que pegou o litro de álcool e ateou fogo em seu corpo. Durante o interrogatório feito pelo juiz Walteir José da Silva, a acusada Débora Martins de Oliveira disse que nunca teve relacionamento com o pedreiro. “Ele tinha um ciúme doentio por mim e, no dia, ao passar onde eu estava conversando com dois amigos, não gostou. Quando cheguei a casa, começou uma discussão e nada mais”,detalhou.
Segundo Débora Martins, ele alimentava um amor que nunca existiu. Ela contou que apenas o tinha como amigo, pois, quando veio de Rio Casca ficou em sua companhia.
A acusada foi denunciada pelo Ministério Público Estadual (MPE) por homicídio qualificado, e foi sustentado pelo promotor de justiça, Fábio Santana as qualificadoras de uso de fogo e meios que dificultaram a defesa da vítima.
Os advogados de defesa, Roberto Gomes e Alex Barbosa de Mattos pediram desclassificação para homicídio qualificado privilegiado. O corpo de jurados votou pela condenação da acusada com base na tese apresentada pela defesa, e, ao final o juiz da Vara Criminal, Dr. Walteir José da Silva leu a sentença de condenação: 11 anos e três meses no regime fechado.
De acordo com os advogados Alex Barbosa e Roberto Gomes, ela cumprirá 1/6 da pena e, em seguida passará para o semi-aberto.
Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com