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Curso sobre produção de pimentas em Matipó

14/04/2011 - Atualizado em 14/04/2011 07h54
A produção de pimentas será foco do curso em Matipó

A EPAMIG, em parceria com a Faculdade Vértice - Univertix, realiza no próximo dia 30 o 1º Curso sobre Produção de Pimentas no município de Matipó, na Zona da Mata. O evento é destinado a produtores, técnicos e estudantes da região. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas na Unidade da EPAMIG em Viçosa, à Vila Gianetti, 47, telefone (31)3891-2646 ou na Univertix em Matipó, à Rua Bernardo Torres, 180, bairro Bom Retiro, telefone (31)3873-2199. A taxa é de R$ 50,00.

Por meio de palestras e atividades práticas, o evento vai abordar o manejo e a adubação da cultura da pimenta, o manejo alternativo de pragas que atingem a cultura, a identificação de inimigos naturais das pragas da pimenta e demonstrar o preparo da calda sulfocálcica como método para controle de ácaros na plantação. A programação começa às 7h30, com as inscrições, seguida da abertura que será feita pelo chefe do Centro de Pesquisa da EPAMIG Zona da Mata, Trazilbo José de Paula Júnior, pelo diretor geral da Univertix, Lúcio Flávio Sleujs, e pelo mantenedor da instituição, João Batista Gardingo.

Mercado propício para a pimenta

O agronegócio de pimentas é um dos melhores exemplos de integração entre agricultor e agroindústria. Além de consumidas in natura, podem ser processadas e utilizadas em diversas linhas de produtos na indústria de alimentos, para consumo interno e exportação. Segundo a pesquisadora da EPAMIG, Cleide Ferreira Pinto, uma das palestrantes do curso em Matipó, as perspectivas da pimenta no país são promissoras, já que produtos manufaturados como molhos, conservas e geléias têm aberto novos mercados.

Em Minas Gerais, um dos estados que concentra a maior variedade de pimentas, foram comercializadas 300 toneladas em 2008, no valor de R$ 616 mil, segundo a Emater. O desafio é controlar pragas e doenças que podem atingir as plantações, destaca a pesquisadora da EPAMIG, Madelaine Venzon, que também fará palestra no 1º Curso de Produção de Pimentas de Matipó. Segundo ela, as principais pragas são ácaro branco, pulgões e broqueadores de frutos. “Não existem acaricidas e inseticidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para a cultura da pimenta no Brasil. No entanto, o principal método de controle das pragas utilizado pelos produtores é o químico, muitas vezes baseado em aplicações de calendário, apesar do pouco sucesso no controle”, ressalta.

O uso incorreto desses produtos tem acarretado graves problemas, tais como intoxicações aos produtores, contaminação ambiental e presença de resíduos nos frutos, pois o prazo de carência não é respeitado, já que os produtos são aplicados nas plantas com pimentas em diferentes estágios de maturação, explica a pesquisadora. “Soma-se a isso o custo dessas aplicações, o que tem onerado a produção, que é predominantemente familiar. Além disso, o uso indiscriminado dos ingredientes ativos pode levar a problemas de resistência por parte de populações das pragas”, observa Madelaine Venzon.

O uso integrado de métodos de controle - incluindo o cultural, o controle biológico e o uso de produtos alternativos, tais como as caldas fitoprotetoras e extratos botânicos - é a indicação para minimizar os prejuízos causados pelas pragas na cultura da pimenta.

Ascom EPAMIG Zona da Mata

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