Após serem aprovados em várias etapas eliminatórias, os candidatos ao Conselho Tutelar de Manhuaçu receberam a aprovação da comunidade, através do voto facultativo neste domingo, dia 25. A eleição teve a presença maciça de votantes, que atenderam ao chamado dos candidatos e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, que estava preocupado com a falta de interesse da sociedade.
Os candidatos tiveram pouco tempo, para realizar campanha e visita às casas. Também foram orientados pelo Ministério Público Estadual quanto ao comportamento para pedir voto, promessa, bem como a limitação para atrair o eleitor até o local de votação.
Todos os candidatos trabalharam exaustivamente, passando uma nova filosofia de trabalho à comunidade, carisma, mostrando a capacidade para estarem frente a um órgão tão importante e de muita responsabilidade.
A participação da comunidade fez a diferença, com comparecimento singular às seções de votação. Cerca de 1076 eleitores escolheram os novos conselheiros, que terão a responsabilidade em zelar pelos direitos da criança e do adolescente, como assegura os termos do Estatuto Federal, para executar atribuições constitucionais e legais no campo da proteção à infância e à adolescência.
O presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Flávio Lacerda destaca que a presença dos munícipes possibilitou alcançar as metas. Segundo ele, eleitores dos distritos também compareceram, numa demonstração de que todos estão em busca de mudanças. “Os Conselheiros eleitos farão um trabalho a altura, para resgatar o nome do Conselho. Estamos acreditando e, vamos trabalhar em sintonia, dando todo o suporte na execução das atividades”,frisa o presidente.
Candidata concorre com liminar judicial
Até sexta-feira, somente dez candidatos estavam aptos a concorrer à eleição, mas uma decisão judicial possibilitou que a candidata e conselheira, Cleide Maria de Oliveira pudesse participar do pleito eleitoral.
Na fase de entrevista com o psicológico, a candidata foi reprovada sob alegação de que a mesma não estava apta a exercer o próximo mandato. Inconformada, Cleide Maria ingressou na Justiça questionando o resultado e, teve uma liminar favorável na última sexta-feira.
Em entrevista a reportagem, a candidata e atual conselheira disse não entender as razões de sua reprovação na fase final, nem tampouco o argumento apresentado pelo psicólogo sobre sua incapacidade intelectual, para exercer a função no Conselho Tutelar. “Sinto-me uma mulher vitoriosa e, posso contribuir muito para o Conselho. Disse que eu não escuto. Além de outros pontos não esclarecidos pelo profissional que me avaliou. Mas a resposta está aí”,argumenta Cleide Maria de Oliveira.
Ela conta que recebeu a notícia da decisão judicial, por volta de 22hs de sexta-feira. Sem tempo, fez algumas ligações para amigos e parentes. Na liminar, o juiz Vinicius Dias Paes Ristori diz da aptidão para a candidata concorrer normalmente. Por estar “sub judice”, agora os outros candidatos que não concordarem com o resultado, terão cinco dias para entrarem com recurso junto ao Poder Judiciário.
Os candidatos eleitos foram:
Danilo Almeida-293 votos.
Cleide Maria de Oliveira-203 votos;
Márcia Maria de Souza Lopes- 133 votos.
Silvana Andrade Avelar- 110 votos.
Lenira Heringer Salles- 109 votos.
Suplentes:
Maria Imaculada Afonso- 91 votos
Liliane Rodrigues Miguel- 41 votos
Aline Flores – 35 votos
Andréia Lurdes Gonçalves- 23 votos
Flávia Dutra Cassiano-15 votos
Viviane Amâncio Pereira- 04 votos.
Eduardo Satil - portalcaparao@gmail.com