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Das montanhas para o mar: Trilheiros chegam a Guarapari hoje

02/11/2007 - Atualizado em 05/11/2007 14h11

 

Trinta e cinco trilheiros saíram de Manhuaçu às 9 horas da manhã desta sexta-feira. O destino: das montanhas para o mar. A sétima edição do encontro cresceu em número de participantes, mas mantém o clima descrito na camiseta deste ano: “Moto suja, alma lavada”.

Composto por empresários, profissionais liberais e estudantes, o grupo de trilheiros faz o percurso entre Manhuaçu e o litoral capixaba há sete anos. São dois dias de trilhas pelos caminhos mais difíceis e tortuosos. Quem participa garante: a adrenalina compensa tudo. O grupo saiu de Manhuaçu na manhã deste feriado de finados e chega a Guarapari (ES) na tarde de sábado, dia 3.

Iniciado com sete trilheiros, o percurso entre Minas e Espírito Santo ganhou fama e prestígio. Hoje, constitui-se em um dos melhores dos últimos tempos na avaliação dos participantes. Trilhas radicais, organização e muita adrenalina são características deste percurso. “Nos cinco primeiros anos, o destino era Piúma e agora vamos pela segunda vez a Guarapari. Apesar dos destinos serem repetidos, as trilhas sempre são renovadas e apresentam desafios a cada ano”, conta o empresário José Aguiar, um dos participantes de seis edições.

Para facilitar o trajeto que vai de Manhuaçu a Castelo (ES) nesta sexta e depois até Guarapari, no sábado, eles ganham mais adeptos ao longo do percurso. “Trilheiros de outras cidades se unem para nos auxiliar no percurso, sempre tem um que vai liderando o grupo e há todo um suporte para a aventura”, conta Cristian Bittencourt.

O 7º Encontro das Montanhas para o Mar reúne um grupo de amigos e serve cada vez mais para fortalecer essa ligação. “É muita adrenalina, mas o que compensa mesmo é esse entrosamento, a confraternização desse encontro”, explica o advogado Leandro Campos, um dos participantes. A promoção teve o apoio de várias empresas de Manhuaçu.

Travessia de rios, atoleiros, mata e pastagens exigem muito do grupo. Acentuadas subidas e descidas não são obstáculos fáceis para os trilheiros. Alguns ficam irreconhecíveis debaixo da lama do trajeto, ainda mais que há previsão de chuva nesse período. “Mas essa adrenalina compensa tudo. Muitos de nós esperam o ano inteiro por essa aventura e quando retornamos estamos renovados”, afirma José Aguiar. Foi ele quem conduziu o momento de oração que marcou a saída do grupo e resumiu a importância desse enduro. “É um encontro que mantém a tradição e filosofia deste tipo de esporte: superar desafios, respeitando a natureza, promovendo a integração”, concluiu.

Carlos Henrique Cruz - 02/11/07 - 13:27 - portalcaparao@gmail.com 

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