A Delegacia de Trânsito da Polícia Civil de Manhuaçu e o Grupo de Trânsito da Polícia Militar desencadearam ação conjunta na Operação Desmanche nesta quarta-feira (07) em Manhuaçu. O combate ao desmanche de carros, crime que atinge praticamente todas as regiões de Minas Gerais, foi o alvo nesta manhã. 32 carcaças e frentes de veículos foram apreendidos. Um Fox furtado no Rio de Janeiro estava num dos ferros-velhos vistoriados.
Entre as várias incursões em ferros-velhos na cidade, a ação conjunta recuperou um automóvel Fox 2005 furtado no Rio de Janeiro. Somente a lataria do veículo estava no Ferro-Velho Manhuaçu, próximo a sede do 11º Batalhão de Polícia Militar. Além disso, um grande lote de peças de veículos de procedência indefinida foi apreendida na operação.
No caso do Fox, um dos decalques está na lataria e foi possível conferir o chassi e confirmar a origem. “Vários veículos estão com os decalques danificados e os vidros quebrados – onde estavam impressos os números do chassi. Não deu para confirmar o número, mas qual o motivo de desmanchar ou danificar o decalque do chassi?”, questiona o delegado de trânsito Eustáquio Leite. Foram apreendidas frentes de nove veículos e carcaças de outros 23 carros.
O delegado destacou que a operação ainda não foi concluída. Outros estabelecimentos em distritos e cidades vizinhas serão vistoriados, devendo aumentar o número de prisões e apreensão de veículos e peças roubadas ou sem prova de origem. “Mas o saldo já é altamente positivo graças, principalmente, ao apoio e comprometimento dos policiais civis e militares envolvidos na operação”, destacou.
Segundo ele, para reduzir as estatísticas de veículos roubados é preciso combater a principal causa do problema: os receptadores. “A polícia está investigando não apenas receptadores de veículos ou peças roubadas em Manhuaçu. A operação é estadual e iremos identificar e prender estes criminosos por todo o estado”, disse.
Descobrir o esquema e quebrar a cadeia formada entre os furtos e roubos e o desmanche é o principal alvo da operação. “O sistema de emplacamento dificultou muito, o que restou apenas é o mercado de peças para serem vendidas através de ferros-velhos”.
No caso do carro identificado como produto de furto, o proprietário do ferro-velho foi notificado para comparecer a delegacia para explicações. O inquérito foi instaurado para apurar a origem das outras carcaças apreendidas. Carlos Henrique Cruz - 07/11/07 - 13:11 - portalcaparao@gmail.com