Glauciana de Souza Neiva, 21 anos, admitiu que tomou um medicamento e abortou de uma criança de sete meses nesta terça-feira, no córrego Goiás, divisa de Ipanema com Inhapim.
O caso chegou ao conhecimento dos policiais de Ipanema depois que ela foi atendida no posto de saúde de Inhapim. O médico José Carlos Vacarri relatou que a jovem chegou com um quadro de hemorragia genital, cólica abdominal e barriga inchada. Após o atendimento, o médico confirmou que a jovem tinha a placenta com o cordão rompido, todavia não encontrou a criança.
A doméstica relutava em dizer que havia dado luz à criança, mas depois confessou que estava grávida de sete meses e que ninguém da família sabia. O pai sumiu pouco depois que ela contou que estava esperando o bebê.
Segundo Glauciana, durante a segunda-feira percebeu que seu filho não mexia no ventre e pela madrugada começou a sentir fortes dores. Houve rompimento da bolsa (placenta) e nasceu uma criança do sexo masculino. “Ele não respirava e também não havia sinais de vida. Para esconder da família, eu cortei o cordão umbilical com uma faca e coloquei o menino numa sacola de plástico”, disse.
Ela falou que foi até o rio Manhuaçu, que fica há uns cinqüenta metros da casa, e jogou o corpo nas águas na divisa entre os dois municípios.
Glauciana retornou para casa e chamou os pais, que a encaminharam para atendimento médico.
A mulher foi presa e está sob escolta policial em Inhapim. Ela será apresentada ao delegado da cidade.
Segundo a doméstica, adquiriu junto ao indivíduo conhecido pelo nome de Mauro, residente no Córrego Goiás, zona rural de Ipanema, um vidro contendo remédio, cuja finalidade não foi informadam e que há cerca de 10 dias atrás estava fazendo ingestão. O Corpo de Bombeiros Militar de Manhuaçu foi acionado para tentar localizar o corpo da criança.
Carlos Henrique Cruz - 07/11/07 - 14:02 - portalcaparao@gmail.com